Jejum Intermitente Funciona?
“O
objetivo é fazer com que o corpo utilize os estoques de gordura e com isso haja uma perda de
massa gorda”.
Jejum de 12 horas
Sistema Leangains
Protocolo Coma - Pare
- Coma
Pilares fixos do
jejum intermitente
Comer apenas quando
sente fome
Saiba Mais:
Alimentos indicados
nas janelas de alimentação
Mudanças entre homens e mulheres
Como quebrar o jejum
intermitente
Por que o jejum
intermitente ajuda a emagrecer?
Desvantagens do jejum intermitente
Jejum intermitente e
resistência à insulina
Recomendação
Contraindicações do jejum intermitente
Riscos do jejum intermitente
Fontes consultadas
Jejum intermitente funciona?!
Quando você jejua, os níveis de
hormônio do crescimento humano aumentam e os níveis de insulina
diminuem.
O jejum intermitente pode aumentar
ligeiramente o metabolismo, enquanto ajuda você a comer menos calorias. Sendo
uma maneira muito eficaz de perder peso e gordura da barriga.
Para potencializar esses
resultados é recomendado combinar a Dieta Low Carb com o Jejum
Intermitente.
Com a Dieta Low Carb Você
irá emagrecer 3x mais rápido. Trata-se se uma alimentação que consiste
na baixa ingestão de carboidratos, dando preferência para o consumo de
proteínas e gorduras, ou seja... você NÃO IRÁ PASSAR FOME.
Ela promove a perda de peso logo
na primeira semana, dando adeus àquele inchaço que a retenção de líquidos
promove em seu corpo. Você pode perder 3kg logo na primeira semana de Low
Carb!
Não se
assuste com o nome: o Jejum Intermitente não tem nada a ver com passar dias
sem comida. Ele é uma prática recomendada por nutricionistas e
especialistas da área, visto que sua prática auxilia a queima de gordura em seu
corpo.
É
um método de emagrecimento que visa intercalar períodos de jejum com
períodos de alimentação.
Normalmente são indicadas entre 10 a 24
horas de jejum, que pode ser feito diariamente ou somente em alguns dias da
semana. Os períodos em que a alimentação é permitida são chamados de janelas de
alimentação. Fora deles, a pessoa deve ingerir líquidos que não possuam
calorias, como água (com ou sem gás) e chás e café sem açúcar.
O jejum era muito comum na
época paleolítica, em que o ser humano vivia de caça e não tinha acesso a
alimentos o tempo todo.
O método, no entanto, não é
indicado para todas as pessoas e pode trazer problemas quando feito sem a
orientação adequada.
Existem diversos protocolos de jejum intermitente que pedem mais ou
menos horas de jejum. Antes de conhece-los, no entanto, é importante ressaltar
que a escolha da melhor forma de seguir um jejum intermitente deve ser
conversada com um especialista (seja endocrinologista, nutrólogo ou
nutricionista), que fará exames específicos e saberá dizer o melhor protocolo
para sua saúde.
Jejum de 12 horas
Esse é o tipo mais comum, em
que você passa metade do dia sem comer (incluindo as oito horas recomendadas de
sono). Nele é indicado que você faça três refeições ao longo do dia, ficando,
por exemplo, das 20h da noite até às 8h da manhã sem se alimentar.
Sistema Leangains
O método foi desenvolvido
pelo sueco Martin Berkhan e propõe que a pessoa fique de jejum por 16 horas,
podendo fazer entre duas e três refeições nas oito horas restantes, a chamada
janela de alimentação. Você escolhe o melhor momento para criar sua janela de
alimentação.
Protocolo Coma - Pare
- Coma
Nesse sistema, a pessoa
escolhe um ou dois dias da semana em que ficará completamente de jejum. Ou
seja, nestes dias, ela fará uma refeição e depois só comerá de novo no mesmo
horário no dia seguinte. Este método costuma ter uma adaptação mais difícil e é
importante fazer refeições ricas em fibras antes do jejum.
Pilares fixos do
jejum intermitente
De qualquer modo, todo método
de jejum intermitente envolve:
Comer apenas quando
sente fome
Outro protocolo comum é
orientar que a pessoa coma apenas quando sente fome de verdade. Nesses casos,
só é possível fazer jejum quando são consumidos alimentos com grande poder de
saciedade, como proteínas, verduras, legumes e carboidratos ricos em fibras.
Esse método, no entanto, não funciona bem com pessoas que seguem dietas ricas
em carboidratos simples ou não sabem diferenciar a fome real da vontade de
comer devido a ansiedade ou fatores emocionais, por exemplo.
Janelas
de alimentação, que podem ser um dia ou horas durante o dia
·
Ingestão
de líquidos sem calorias durante o jejum, como água e café e chás sem açúcar
·
Evitar
itens que contenham calorias, incluindo alguns suplementos, como o whey
protein.
Alimentos indicados
nas janelas de alimentação
Nos
períodos em que a alimentação é permitida, é importante consumir alimentos que
aumentem a saciedade e reponham os nutrientes.
Prefira: proteínas com pouca gordura,
legumes, verduras, frutas com casca, cereais integrais (como arroz integral),
tubérculos (inhame, cará, mandioca, batata doce)
Evite: cereais refinados (arroz branco, pão
branco, massas), doces, alimentos muito industrializados.
Faça refeições do tamanho que
você faria se não estivesse de jejum, não tente compensar o tempo que você
ficou sem comer até então.
Mudanças entre homens e mulheres
Normalmente
mulheres aguentam períodos de jejum menores do que os homens. Isso ocorre
porque eles possuem mais massa muscular, portanto tem reservas maiores de
glicogênio, outra fonte de energia do corpo que é armazenada justamente nos
músculos e muito usada durante o jejum. O ideal é que elas sigam jejuns de até
12 horas, enquanto os homens podem chegar a até 14 horas.
Como quebrar o jejum
intermitente
Sempre que se faz um jejum
prolongado, a insulina, que é um hormônio que leva a energia ingerida para as
células e assim gera potência para o trabalho, está baixa. Por essa razão, não
é aconselhado para nenhuma pessoa ingerir altas doses de carboidratos simples
ou até mesmo grandes volumes de comida (mesmo que seja alimento que julgamos
saudável). O melhor é que se inicie o pós-jejum com poucos alimentos e que
sejam de baixo índice glicêmico, se possível associados à uma porção pequena de
proteínas com rápida absorção.
Por que o jejum
intermitente ajuda a emagrecer?
Para
saber como essa dieta funciona, é preciso entender melhor as fases pelas quais
o corpo passa ao longo do dia: quando está alimentado e o intervalo entre as
refeições, ou seja, o jejum.
Quando você acaba de se
alimentar, o organismo começa a dar um destino para a energia absorvida em
forma de glicose. Para tanto ele ativa o hormônio insulina, responsável
por colocar esse açúcar para dentro das células. A energia que não será utilizada
pelas células é armazenada pela insulina em forma de tecido adiposo, ou seja,
gordura.
Depois de um tempo essa
energia se esgota e o corpo é obrigado a usar essas reservas. Ele recorre tanto
ao glicogênio, uma forma de energia armazenada nos músculos, quanto ao tecido
adiposo, e neste momento ativa hormônios que atuam na quebra de gordura
(lipólise), como o glucagon.
Ao
seguir um método de jejum intermitente, o glucagon e outros hormônios que
quebram gorduras ficam mais tempo atuando no organismo, o que facilita a perda
de peso. Além disso, o jejum evita grandes picos de insulina o que pode
prevenir a resistência à insulina, mas para isso é preciso tomar cuidado para
não exagerar nos carboidratos ao retomar a alimentação.
Saiba Mais:
Vantagens do jejum intermitente
O
jejum intermitente quando bem indicado e bem feito, pode trazer algumas
vantagens, como:
·
Mais
disposição
·
Clareza
mental
·
Controle
da glicemia e insulina.
Alguns estudos preliminares
apontam que o jejum pode ajudar na saúde do coração. Isso porque o corpo em
jejum utiliza uma substância chamada betahidroxibutirato como fonte de energia,
que é utilizada mais facilmente pelo organismo. Isso faz com que o coração
poupe energia e se estresse menos.
No entanto, é muito
importante segui-los apenas com indicação médica.
Desvantagens do jejum intermitente
O
jejum intermitente tem algumas desvantagens:
Dificuldade de
adaptação: Algumas
pessoas têm dificuldades em se adaptar a ficar longos períodos sem comer,
principalmente as que têm uma dieta rica em carboidratos simples ou que sempre
comem de três em três horas.
Riscos quando feito
sem acompanhamento Pessoas
que fazem os jejuns sem acompanhamento, ficam muito tempo sem comer e não se
alimentam direito nas janelas podem ter desnutrição, desidratação,
hipoglicemia, fraqueza muscular, dificuldades de concentração, entre outros...
Tendência a compulsão: Por ficar muito tempo sem comer,
algumas pessoas podem acabar descontando na próxima refeição, consumindo uma
alta quantidade de calorias e desequilibrando a dieta e o organismo.
Jejum intermitente e
resistência à insulina
Como nos períodos em jejum o
corpo não produz insulina, já que não há glicose para ser metabolizada, o jejum
intermitente pode ser aliado para evitar a resistência à insulina.
Esse
quadro, que pode evoluir para uma pré-diabetes, ocorre quando o corpo é exposto
a picos de glicose e, por consequência, a picos de insulina. Com o tempo,
alguns tecidos do corpo passam a se tornar resistentes a este hormônio e é
preciso que ele seja produzido em quantidades cada vez maiores para executar as
mesmas funções. Isso leva a sobrecarga do pâncreas
Portanto, se a pessoa segue
uma alimentação com períodos mais longos de jejum, ela não terá produção de
insulina nesses períodos, o que tecnicamente ajuda a evitar a resistência à
insulina.
Vale lembrar que ter uma
alimentação rica em alimentos de baixa carga glicêmica traz efeito semelhante,
já que ela evita picos de glicemia.
O jejum pode ser indicado
inclusive para pessoas com resistência à insulina que queiram controlar o
quadro. No entanto, isso deve ser feito com o acompanhamento de um
endocrinologista, pois nem todas as pessoas respondem bem a períodos
prolongados de jejum. Além disso, se você toma algum remédio para a resistência
à insulina, pode ter hipoglicemia se ficar muito tempo sem se alimentar, o que
pode levar a fraqueza, desmaios e
outros problemas.
Recomendação
"No
ponto de vista médico, dependendo do perfil do paciente (se ele estiver acima
do peso, tem um estilo de vida em que consegue ficar sem comer e é mais
sedentário, ou seja, não precisa de energia para praticar atividade física)
propor jejum de 12 a 14 horas não é tão difícil e não vejo problemas, salvo as
exceções que já foram citadas. Só é importante ver o perfil físico e psicológico
do paciente e ter critério durante as janelas de alimentação", nutrólogo
Roberto Navarro, membro da Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN).
Contraindicações do jejum intermitente
O
jejum intermitente é contraindicado a alguns grupos de pessoas:
Gestantes e lactantes
Mulheres grávida ou que estão
amamentando precisam de um aporte maior de nutrientes. Durante a gravidez, as
necessidades do bebê são constantes. O jejum intermitente na gestação
pode levar à desmaios, hipoglicemia e a até o baixo peso do bebê. Já as
lactantes precisam de muitos nutrientes, para que possam inseri-los também no
leite e garantir que o bebê consiga crescer saudável.
Crianças e
adolescentes
Crianças e adolescentes ainda
estão em fase de desenvolvimento, portanto precisam de ingestão constante e
certa de nutrientes para crescerem e se desenvolverem de forma adequada.
Pessoas
com doenças crônicas
Medicamentos
para doenças crônicas como como diabetes e hipertensão, causam mudanças no
metabolismo, o que pode levar a hipoglicemias. Por isso, quem segue esse tipo
de tratamento precisa conversar com o médico, ver se esse tipo de dieta é
válida e, caso ela possa ser feita, é preciso antes ajustar a medicação.
Além disso, há um risco maior
para os adolescentes: essa fase, devido a questões emocionais e problemas
de aceitação, muitos acreditam que um padrão de beleza é a magreza excessiva e
podem ser drásticos para chegarem a este objetivo. Seguir um protocolo de jejum
pode leva-los ao desenvolvimento de transtornos alimentares graves, como a
anorexia.
Riscos do jejum intermitente
O
jejum intermitente, quando mal feito ou seguido sem orientação de um
profissional de saúde, pode levar a problemas graves, como desnutrição,
desidratação, hipoglicemia, fraqueza muscular, dificuldades de concentração,
entre outros...
Isso
ocorre principalmente quando o jejum é feito sem o acompanhamento de um profissional
de saúde ou por pessoas contraindicadas a este tipo de dieta.
Além disso, não é
aconselhável praticar atividades físicas quando se está de jejum, pois o corpo
pode não usar a energia de modo correto.
Saiba mais:
Fontes consultadas
Roberto Navarro, nutrólogo e membro
da Associação Brasileira de Nutrologia
Rodrigo Polesso, especialista
em emagrecimento e em Nutrição Otimizada para Saúde e Bem-Estar pela
Universidade Estadual de San Diego, Califórnia
Sérgio Vêncio,
endocrinologista do laboratório Exame (Brasília)
Gabriel Cairo Nunes,
nutricionista pós-graduado em Emagrecimento e Obesidade pela UGF
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